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Após casos de infecção por fungo, entidades médicas cobram regras sanitárias em mutirões de cirurgias

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Após 104 dos 141 pacientes terem sido infectados por um fungo durante um mutirão de cirurgias de catarata no Amapá, o Conselho Brasileiro de Oftalmologia e a Associação Brasileira de Catarata e Cirurgia Refrativa emitiram um alerta sobre a importância de seguir rigorosamente as normas sanitárias e os padrões de qualidade dos serviços de saúde.

Em nota à população, as entidades destacam que a realização de atendimentos em grande volume ou mutirões tem sido adotada por gestores de saúde em estados e municípios como solução à demanda represada e demonstram preocupação em relação à eficácia e à segurança de procedimentos oftalmológicos invasivos.

As entidades recomendam que a prestação de serviços oftalmológicos em formato de mutirão seja prioritariamente conduzida em estabelecimentos de saúde que possuam um histórico estabelecido na oferta desse tipo de serviço dentro da respectiva região de saúde. É enfatizado o desencorajamento do uso de unidades móveis ou de estruturas temporárias, bem como de estabelecimentos não médico-hospitalares adaptados para essa finalidade.

Além disso, o modelo assistencial do tipo mutirão só seja ofertado por equipes e empresas de outros estados após a comprovação documentada da incapacidade ou do desinteresse das unidades oftalmológicas da região a ser coberta em atender a demanda nas mesmas condições contratuais.

As entidades lembram que os procedimentos clínicos e/ou cirúrgicos devem ser feitos por médicos que tenham registro de qualificação de especialista em oftalmologia e que, durante o procedimento, a vigilância sanitária dos estados e municípios monitore rigorosamente as atividades realizadas, assegurando que todas as exigências técnicas e operacionais sejam cumpridas.


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Entenda o caso

No início de setembro, 104 dos 141 pacientes que participaram de um mutirão de cirurgias contra catarata no Amapá, foram infectados pelo fungo Fusarium.

Segundo a Secretaria de Saúde do Amapá, o fungo provocou um quadro de endoftalmite, tipo raro de infecção produzido pela ação de microrganismos que penetram na parte interna do olho, como tecidos, fluidos e estrutura. Alguns pacientes relatam ter ficado cegos após o procedimento.

O mutirão faz parte do Programa Mais Visão, que recebe emenda parlamentar. A atividade foi executada por uma empresa contratada para prestação do serviço por meio de convênio entre o Estado e o Centro de Promoção Humana Frei Daniel de Samarate (Capuchinhos).

O programa iniciou em 2020 no Amapá e, conforme os Capuchinhos, já realizou mais de 100 mil atendimentos, sendo a maior demanda por cirurgias de catarata (50 mil).

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