A tempestade com ventos de 100 km/h que atingiu a capital paulista e as cidades da região metropolitana de São Paulo, nesta sexta-feira (3), deixou cerca de 1,5 milhão de imóveis sem energia e parte dos usuários poderá ficar sem luz até a próxima terça-feira (7).
Para contornar a situação, segundo as informações da Enel, empresa responsável pela distribuição de energia do local, equipes que trabalham no estado do Rio de Janeiro estão indo para São Paulo, com caminhões e ferramentas, para dar apoio aos trabalhos na capital paulista.
O responsável pela área de infraestrutura e redes da Enel Brasil, Vincenzo Ruotolo, disse que parte da rede elétrica da região terá de ser reconstruída após a chuva.
“Estamos falando tanto de reparos quanto de construir a rede. Postes de concreto e aço foram quebrados”, disse o executivo.
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De acordo com o porta-voz, o total de equipes foi aumentado na operação, de 600 grupos para 1.800 nas últimas horas.
Ações da emergência
Após as chuvas, 2 milhões de clientes ficaram sem luz. A empresa afirma que já conseguiu restabelecer a energia para 550 mil endereços.
Ruotolo afirmou que o trabalho vem tendo duas prioridades: hospitais e escolas (considerando que, neste domingo, haverá o primeiro dia das provas do Enem).
No caso dos hospitais, a empresa já chegou a fornecer geradores para estabelecer o fornecimento pontual de energia.
No caso das escolas, 308 colégios terão provas neste domingo e, destas, 84 tiveram problemas de energia. Ruotolo afirmou que, caso elas continuem sem energia até domingo, a solução de geradores poderá ser adotada também.
As informações do executivo foram repassadas em uma entrevista coletiva concedida na sede da Enel, na capital, após uma visita do prefeito Ricardo Nunes (MDB).
O prefeito destacou que a ventania foi a mais intensa desde 1995 e que cerca de 1400 árvores caíram apenas na capital, muitas delas sobre a rede de energia.
Nunes afirmou que as equipes de poda de árvore passaram de 300 para 1.470.
“A gente está trabalhando para reestabelecer a cidade o quanto antes”, disse Nunes. “Terça-feira é nosso prazo”, disse. Na capital, 1,4 milhão ficaram sem luz e 1 milhão ainda não têm energia.
*com informações Metrópoles