O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) assinou na quarta-feira (1º), em Brasília (DF), um decreto de garantia da Lei e da Ordem (GLO) nos portos de Itaguaí (RJ), Rio de Janeiro (RJ) e Santos (SP), e nos aeroportos de Guarulhos (SP) e Galeão (RJ). Representantes do governo federal discutem há semanas ações para ajudar Estados no combate ao crime. A medida valerá até maio do próximo ano, com possibilidade de reforço em novos portos e aeroportos.
“Esse decreto estabelece uma operação integrada de combate ao crime organizado”, afirmou Lula, no Palácio do Planalto. “A atuação das Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica) ocorrerá em articulação com a Polícia Federal”, disse.
Em referência às atuações dos ministros José Mucio (Defesa) e Flávio Dino (Justiça e Segurança Pública).
“Haverá comitê de acompanhamento das FFAA e PF, funcionando sob a coordenação de Dino e Múcio”, acrescentou o presidente.
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Ao comentar sobre as operações na região Sudeste, Lula disse que a “Marinha atuará na Baía da Guanabara (RJ) e de Sepetiba (RJ), acessos marítimos ao Porto de Santos (SP) e o Lago de Itaipu (RJ)”.
De acordo com Lula, “Exército e Aeronáutica fortalecerão as fronteiras, com ênfase no Paraná, Mato Grosso e Mato Grosso do Sul”. “Nesse caso, não é necessária uma GLO”.
O chefe do Executivo havia descartado na semana passada a aplicação de uma GLO com as Forças Armadas “na favela brigando com bandido”. O decreto desta quarta-feira limita-se a portos e aeroportos.
Também acompanharam o evento o ministro Rui Costa (Casa Civil), os comandantes da Marinha, almirante Marcos Olsen; do Exército, general Tomás Paiva; e da Aeronáutica, brigadeiro Marcelo Damasceno; e o diretor-geral da Polícia Federal, Andrei Rodrigues.