Ao discursar no Conselho de Segurança das Nações Unidas, o embaixador de Israel, Gilad Erdan, nesta segunda-feira (30), causou polêmica ao usar em seu terno uma estrela amarela no peito, símbolo de perseguição aos judeus, que em diferentes momentos históricos foram obrigados a usá-la como um sinal de identificação.
O embaixador e outros membros da delegação israelense da ONU, exibiram a estrela na sessão. Erdan disse que pretende usar a estrela até que os membros do conselho condenem explicitamente as atrocidades cometidas pelo grupo terrorista Hamas contra cidadãos israelenses.
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Ao justificar por que havia feito isso aos representantes do Conselho, o embaixador evocou a história do Holocausto: “Alguns de vocês não aprenderam nada nos últimos 80 anos. Alguns de vocês esqueceram por que esse órgão foi criado.”
“Portanto, vou lembrá-los. A partir de hoje, toda vez que olharem para mim, vão se lembrar do que significa ficar em silêncio diante do mal”, disse o embaixador,
“Assim como meus avós e os avós de milhões de judeus, de agora em diante minha equipe e eu usaremos estrelas amarelas”, disse.
O embaixador também afixou no peito do seu terno um distintivo com os dizeres em inglês “never again” (nunca mais, em português).
“Usaremos essa estrela até que vocês acordem e condenem as atrocidades do Hamas”, completou.
A estrela de Davi
A estrela amarela ou Estrela de Davi amarela ou Estrela judaica deveria obrigatoriamente ser ostentada pelos judeus e cristãos como sinal de identificação.
Em 1º de setembro de 1941, os nazistas decretaram aos judeus o uso obrigatório da estrela de seis pontas sobre fundo amarelo com a palavra “judeu” inscrita no meio. Ela se tornou um estigma de sua exclusão da sociedade e, mais tarde, do próprio Holocausto.
*com informações Metrópoles