Líderes do Centrão preparam uma ofensiva contra o presidente Lula durante encontro, nesta terça-feira (31), no Palácio do Planalto. Os congressistas foram convidados para conversar sobre as demandas dos partidos para o final de 2023.
Segundo um dos líderes, a reunião funcionará para Lula ouvir diretamente as queixas dos partidos do Centro, que estão insatisfeitos pelas “promessas não cumpridas”. As tais promessas são a entrega da Funasa, das vice-presidências da Caixa e de emendas parlamentares.
A Câmara e o Senado ainda votam projetos de interesse do governo como a reforma tributária, vetos presidenciais e a LDO (Lei de Diretrizes Orçamentárias). A reunião acontecerá no mesmo dia em que o ministro Fernando Haddad e o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), se reúnem para também discutir as pautas econômicas do fim de ano.
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Essa será a segunda reunião de líderes da base aliada que contará com a presença de congressistas do PP e Republicanos. Os dois partidos só embarcaram no governo depois que Silvio Costa Filho (Portos e Aeroportos) e André Fufuca (Esportes) se tornaram ministros.
A negociação com o PP também envolveu a presidência da Caixa, que deixou de ser ocupada por Rita Serrano. O novo presidente, Carlos Vieira Fernandes, deve assumir o cargo em meados de novembro.
Aliados criticam
Aliados do presidente não têm bons olhos para o avanço do Centrão no governo federal. Na semana passada, Lula entregou a presidência da Caixa ao PP de Lira. As 12 vice-presidências serão loteadas para União Brasil, PP e Republicanos.
Após o anúncio, a presidente do PT, Gleisi Hoffmann, foi ao X – antigo Twitter – reclamar dos novos aliados de Lula.
“No momento que o país precisa direcionar investimentos para o crescimento e políticas públicas estruturantes, deputados querem obrigar o governo a pagar emendas de comissões permanentes. É mais uma intervenção indevida na aplicação do Orçamento da União”, disse a deputada.