O primeiro-ministro de Israel Benjamin Netanyahu fez uma publicação nas redes sociais na noite de sábado, 28, culpando o Exército e a inteligência interna do país pela falta de avisos prévios sobre os ataques do dia 7 pelo grupo terrorista Hamas, e pela falta de informações sobre as intenções de guerra do grupo.
Em seu post no fim do sábado, o primeiro-ministro afirmou que “sob nenhuma circunstância” foi avisado sobre as intenções de guerra do Hamas. Ele também disse que “todos os oficiais de segurança, incluindo o chefe da inteligência militar e o serviço de inteligência interna do país, asseguraram que o Hamas estava intimidado e aguardava uma negociação”.
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A postagem teve repercussão negativa dentro do governo, e gerou notas de repúdio contra o primeiro-ministro. Até Benny Gantz, líder do partido opositor a Netanyahu, e que em virtude da guerra hoje forma uma coalizão com o governo do primeiro-ministro, criticou a postagem.
Às 6h desta manhã (hora de Brasília), Netanyahu excluiu a postagem e pediu desculpas. Ele escreveu:
“Eu estava errado. As coisas que eu falei não deviam ter sido ditas. Eu me desculpo por isso. Dou total apoio às lideranças das Forças Armadas”.
Enquanto isso, a guerra prossegue e o mundo aguarda com apreensão a invasão terrestre de Israel à Faixa de Gaza. Até o momento, cerca de 9 mil pessoas já morreram desde os ataques do Hamas no último dia 7: Estimam-se 8 mil palestinos mortos e 1.400 israelenses.