Depois da recente controvérsia envolvendo a visitação ao sítio arqueológico das Lajes, na orla do rio Negro em Manaus, o Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) anunciou um plano para proteger o local. Recentemente, com a descida do rio, têm aparecido gravuras rupestres semelhantes a rostos humanos esculpidas nas pedras, e esse achado tem atraído curiosos.
No último dia 24, um grupo visitou o local. O artista e historiador Otoni Mesquita usou uma técnica envolvendo argila para fazer um registro de uma das gravuras, e as fotos das visitações, após serem postadas no X, (antigo Twitter), provocaram uma grande polêmica nas redes sociais. Leia aqui.
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Por causa dessa repercussão, o instituto informou em comunicado que procurou a Polícia Federal, o Batalhão de Polícia Ambiental da Polícia Militar e a Secretaria Municipal de Segurança Pública e Defesa Social (Semseg) para realizarem patrulhas, de modo a impedir qualquer dano ao Patrimônio Cultural brasileiro.
Nesse mesmo comunicado, o Iphan destacou que vem realizando fiscalizações regularmente na área do sítio arqueológico, com apoio do Instituto Soka Amazônia, que administra o sítio.
De forma imediata, o instituto comunica que em seu plano emergencial, vai providenciar o aumento do patrulhamento da guarda civil, além de policiais do grupamento ambiental e agentes federais, com o intuito de evitar possíveis danos aos bens arqueológicos durante o período de estiagem.
Mesquita pediu desculpas publicamente e se disse “abalado” pela repercussão do episódio.
Segundo os especialistas, as gravuras rupestres, chamadas petróglifos, têm entre 1.000 e 2.000 anos de idade. Os arqueólogos ainda não sabem explicar como as figuras foram feitas.