Ao longo da semana, o governador do Amazonas, Wilson Lima, e legisladores da bancada do estado têm pressionado o governo federal, solicitando a pavimentação da BR-319, estrada que conecta Manaus a Porto Velho. Uma reunião inclusive aconteceu na quarta-feira (18) em meio a uma seca histórica na região que gera dificuldades na navegação dos rios e isola comunidades.
A BR-319 tem sido uma pauta debatida há décadas, uma vez que sua pavimentação é vista como essencial para reduzir o isolamento de comunidades nos estados do Amazonas e Rondônia. A seca severa tem dificultado a navegação em muitos trechos da Amazônia, tornando a estrada uma possível solução para os problemas de acessibilidade enfrentados pela região.
O governador Wilson Lima deixou claro a importância do comprometimento político do governo federal com a pavimentação da BR-319.
“O que a gente precisa é de um comprometimento político [do governo federal]. A gente precisa entender o seguinte: há determinação do governo federal, há interesse efetivo de que a BR-319 caminhe? É complexo. Mas é impossível? Não é impossível. Então é necessário que seja garantido o direito que é básico do cidadão do estado do Amazonas.”, destaca wilson lima
O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) incluiu estudos para a pavimentação da BR-319 no Novo PAC (Programa de Aceleração do Crescimento), mas condicionou sua realização à viabilidade ambiental. Essa medida dividiu o governo, com a ministra Marina Silva, do Meio Ambiente, contra a pavimentação, enquanto Renan Filho, dos Transportes, expressou apoio.
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A intensa estiagem nos rios da região amazônica tem provocado a interrupção da navegação em várias áreas do estado, resultando no isolamento de comunidades. Portanto, tanto o governador quanto os legisladores consideram a construção da rodovia que atravessa a Amazônia como uma solução viável.
A Rede Onda Digital mostrou que a pressão pela pavimentação em meio ao período de estiagem severa ficou ainda mais evidente quando Alckmin visitou a região, no início do mês. Na época ele anunciou que havia sido criado um GT (grupo de trabalho) foi criado para analisar o empreendimento.
A reunião no Planalto na quarta também abordou as medidas do governo de combate à crise do Amazonas.
Alckmin somou as medidas já anunciadas pelo governo, chegando a R$ 647 milhões em verbas, desde R$ 138 milhões, para dragagens nos rios Solimões e Madeira, até R$ 100 milhões em emendas que serão antecipadas, a pedido dos parlamentares.