O fim da CPMI do 8 de janeiro foi marcado por tumulto, nesta quarta-feira (18), no Congresso. A senadora Soraya Thronicke (Podemos-MS) disse ter sido agredida enquanto caminhava pelo Salão Azul do Senado em direção à Praça dos Três Poderes. Imagens mostraram que um homem que gravava os parlamentares deixou o celular cair na senadora, após levar um tapa na mão que segurava o aparelho.
O suspeito foi identificado como Rodrigo Duarte, assessor do deputado Carlos Jordy (PL-RJ), líder da Oposição na Câmara.
“Eu levei um celular… como se fosse uma coronhada, vamos supor. Eu senti isso. A Polícia Legislativa tem que atuar. Vou abrir um boletim de ocorrência. Todo mundo viu essa pessoa. Vou falar exatamente o que ocorreu. É inaceitável”, disse Soraya.
Jordy afirmou que, apesar de não ter ocorrido agressão contra a senadora, determinou a exoneração do servidor.
“Ele estava filmando e gritando e o deputado Rogério Correia bateu em sua mão para retirar seu celular, que acabou caindo na cabeça da senadora Soraya. Contudo, como já afirmei, a conduta é incompatível com a de um assessor parlamentar e sua exoneração já foi determinada”, disse.
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Rodrigo Duarte negou a agressão.
“Pode pegar a filmagem para ver se tem cotovelada na senadora. É isso que eles fazem: mentir para tentar se vitimizar. Isso aí é a esquerda.”
Ainda segundo Duarte, houve tentativa de roubo e agressão contra ele durante o tumulto.
“Eu não aceito eles dizerem que não tem anistia para vândalos, senhoras, para homens e mulheres que vieram reivindicar no dia 8 e eles classificam os terroristas do Hamas como militantes. Eles tentaram roubar meu celular, tentaram me agredir”, afirmou.
No vídeo acima também é possível ver que o deputado do PT, Rogério Correia, foi quem bateu no celular que atingiu Soraya Thronicke.
Depois da confusão, um grupo de parlamentares a favor do relatório fez um ato em defesa da democracia. Os congressistas caminharam do Congresso Nacional até a Praça dos Três Poderes, que reúne os prédios alvos da depredação em 8 de janeiro.