Após uma das campanhas mais conturbadas da história do Equador, onde ocorreram eleições antecipadas e um presidenciável assassinado, terminou na noite do último domingo (15) as eleições do país com a vitória de Daniel Noboa, do partido Ação Democrática Nacional (ADN).
Segundo o Conselho Nacional Eleitoral (CNE) do país, Noboa venceu a disputa do segundo turno com 52,3% dos votos, à frente dos 47,7% da advogada Luisa González, do partido Movimento Revolução Cidadã. Luisa era a candidata de esquerda ligada ao ex-presidente Rafael Correa, que comandou a nação por uma década de 2007 a 2017 e hoje está asilado na Bélgica após ser condenado por corrupção, se dizendo perseguido.
“Hoje encerramos o capítulo da campanha e amanhã começamos a trabalhar pelo novo Equador”, comemorou Noboa em um discurso frio de pouco mais de um minuto, acrescentando que vai anunciar sua equipe em breve. “Quero agradecer a todas as pessoas que têm sido parte de um projeto político novo, jovem, improvável, cujo fim era devolver o sorriso, a paz, a educação e o emprego ao país.” disse daniel noboa após a confirmação da vitória
Daniel Noboa, com isso, se torna o presidente mais jovem da história do Equador, ao 35 anos. Filho de Álvaro Noboa, conhecido como o ‘magnata das bananas’, Daniel Noboa realizou o sonho do pai que já concorreu ao cargo cinco vezes e nunca venceu.
Contexto do mandato de Daniel Noboa
Daniel Noboa Azín é membro de uma família que detém um império empresarial, incluindo a renomada exportadora de bananas Bonita, uma das principais do país, assumirá um mandato incomum, que terá início em dezembro (data exata a ser confirmada) e se estenderá somente até maio de 2025.
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Isso ocorre porque Noboa será responsável por concluir o mandato do presidente Guillermo Lasso, que dissolveu a Assembleia Nacional e convocou eleições antecipadas em meio a um processo de impeachment relacionado a acusações de corrupção.
Reconhecimento da derrota
Luisa González reconheceu rapidamente a derrota, disse que ligaria ao adversário para dar os parabéns e deixou uma mensagem de unidade. “Pode contar com os nossos votos na Assembleia para as reformas legais, de segurança, saúde, educação, para o que precisar. Desde que não envolva a privatização de nossos recursos nem a precarização da saúde, do emprego ou da educação”, disse.
*Com informações da Folha de São Paulo, El País e G1