O Governo do Amazonas, em uma parceria da Secretaria de Estado do Meio Ambiente (Sema) e do Corpo de Bombeiros Militar do Amazonas (CBMAM), anunciou neste sábado, 14, que está trabalhando na elaboração de um projeto para captar R$ 35 milhões do Fundo Amazônia. O recurso seria destinado à compra de equipamentos para combater as queimadas no estado.
O projeto é resultado de uma articulação com o Ministério do Meio Ambiente (MMA) e o Fundo Amazônia, para priorizar a análise de iniciativas de fortalecimento das forças de combate do Estado. Hoje, aconteceu reunião entre Sema e Bombeiros para alinhar os últimos detalhes da proposta, que deve ser submetida já nesta terça-feira, 17.
A lista de equipamentos especificados no projeto inclui caminhões de combate, picapes com kits de tanque e bombas acoplados, além de Equipamentos de Proteção Individual (EPIs), como máscaras, balaclavas, perneiras e cantil.
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Eduardo Taveira, secretário de estado de Meio Ambiente, afirmou:
“Foi liberada essa linha de crédito e há o compromisso do Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES), que faz a gestão do Fundo Amazônia, de ser o mais célere possível em relação a essa análise. Mesmo que chegue agora ou demore mais um pouco, é um projeto que irá estruturar melhor o Corpo de Bombeiros na atuação nesse novo cenário de mudança climática”.
Além disso, também foi destacado na reunião que o Comitê Orientador do Fundo Amazônia (Cofa) – integrado pelo Governo do Amazonas – definiu, desde o dia 25 de julho, que municípios podem acessar recursos do Fundo para financiar iniciativas relacionadas à preservação da floresta, incluindo prevenção do desmatamento e incêndios. Projetos de municípios poderão receber, no mínimo, R$ 5 milhões.
O Fundo Amazônia foi criado em 2008 para financiar ações de redução de emissões provenientes da degradação florestal e do desmatamento; além de apoiar comunidades tradicionais e ONGs que atuam na região amazônica. Alemanha e Noruega são os principais países europeus que contribuem ao fundo, mas os repasses tinham sido interrompidos nos últimos anos, devido ao aumento do desmatamento no governo Jair Bolsonaro. O Fundo foi retomado em 2023 no governo Lula.