Um grupo de 61 deputados federais produziu e assinou um documento querendo que o Ministério das Relações Exteriores classifique o Hamas como “organização terrorista”. O documento foi encaminhado à Mesa Diretora da casa.
O objetivo é que a Câmara formalize um pedido para o Itamaraty, o ministério das Relações Exteriores do país. Cabe à Mesa Diretora encaminhar ou não o documento. Se chegar ao ministro das Relações Exteriores, Mauro Vieira, o documento também não provoca qualquer tipo de obrigação.
Parte do texto diz:
“A declaração oficial do Hamas como organização terrorista é de extrema importância para que o governo brasileiro possa tomar medidas firmes contra a organização”.
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O deputado federal Rodolfo Nogueira (PL-MS) lidera o pedido. A maioria dos signatários, 42, é do PL e dois são ex-ministros do governo Jair Bolsonaro (PL) – Eduardo Pazuello (RJ) e Mário Frias (SP). Carla Zambelli (SP), Gustavo Gayer (GO), Bia Kicis (DF), Nikolas Ferreira (MG) e Luiz Philippe de Orleans e Bragança (SP) também assinaram a indicação.
Nesta quarta, 11, o embaixador Carlos Sérgio Sobral Duarte, secretário da África e do Oriente Médio, disse que a classificação do Hamas como “grupo terrorista” pelo Brasil será debatida no Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU). Atualmente, a entidade não usa esse termo para a organização fundamentalista islâmica. A próxima reunião do conselho ainda não tem data para acontecer.
O Hamas atacou Israel no último dia 7, matando centenas de pessoas e sequestrando outras para serem usadas como reféns. Desde então, Israel começou a retaliar e a promover um cerco à Faixa de Gaza, onde vive a população palestina. Gaza é administrada pelo Hamas.