Nesta segunda-feira (9), o grupo islâmico Hamas anunciou sua disposição para discutir uma trégua com Israel, afirmando que já alcançou seus objetivos.
Moussa Abu Marzouk, integrante de alta patente do Hamas, disse à rede de notícias árabe “Al Jazeera” que o grupo está aberto a “algo desse tipo” e a “todos os diálogos políticos”, após ter sido questionado se estariam dispostos a discutir um possível cessar-fogo.
A declaração foi dada depois de o grupo ter advertido que começaria a executar um refém civil a cada novo bombardeio israelense contra casas de civis em Gaza sem aviso prévio.
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De acordo com o almirante Daniel Hagari, porta-voz das Forças de Defesa de Israel (FDI), todas as comunidades próximas à Faixa de Gaza estão agora sob controle das tropas israelenses. Ele ressaltou que não há mais combates entre as FDI e o Hamas.
À medida que os combates se tornam mais intensos, o trágico saldo de mortes continua a aumentar. O Ministério da Saúde palestino em Gaza reporta mais de 680 mortes e cerca de 3.700 feridos na região, enquanto as Forças de Defesa de Israel (FDI) afirmam que mais de 700 pessoas perderam a vida em Israel.
Na cidade de Gaza, um campo de refugiados palestinos foi atingido por ataques aéreos de Israel nesta segunda-feira.
“Eles nos atingiram sem qualquer aviso. Era um [avião] F-16. Não houve aviso, nada. E você pode ver a destruição, veja por si mesmo”, disse à “Reuters” um homem não identificado no campo de refugiados de Shati.
Dezenas de milhares de pessoas foram deslocadas em Gaza enquanto a FDI continua a atacar as posições do Hamas na faixa, segundo a Agência de Assistência e Obras das Nações Unidas (UNRWA, na sigla em inglês) no domingo.
Segundo a agência, aproximadamente 74 mil indivíduos encontraram refúgio em 64 abrigos da UNRWA.
*Com informações CNN