A Polícia Civil do Rio de Janeiro (PCRJ) localizou quatro corpos no final da noite de quinta-feira (5). De acordo com informações do setor de inteligência do órgão, dois desses corpos seriam de suspeitos que executaram três médicos em um quiosque na Barra da Tijuca, na zona oeste da capital.
Três dos corpos foram encontrados dentro de um veículo na Rua Abrahão Jabour, nas proximidades do Riocentro, enquanto o quarto corpo estava em outro veículo, na Rua da Gardênia, no bairro Gardênia Azul.
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Os médicos Marcos de Andrade Corsato, Perseu Ribeiro Almeida e Diego Ralf Bomfim foram vítimas de tiros no quiosque à beira-mar do Rio de Janeiro na madrugada da última quinta-feira. O médico Daniel Sonnewend Proença também estava com o grupo, mas sobreviveu aos ferimentos e está hospitalizado na capital carioca.
A suspeita das autoridades policiais é que Perseu Almeida tenha sido confundido com o miliciano Taillon de Alcântara Pereira Barbosa, filho de Dalmir Pereira Barbosa, apontado como líder da milícia de Rio das Pedras.
Segundo apurações do Metrópoles, líderes do Comando Vermelho (CV) ficaram revoltados com o equívoco de seus comparsas e receavam uma resposta severa das autoridades em decorrência do crime. Supostamente, os assassinos dos médicos foram submetidos a um “tribunal do crime” que resultou na sentença de morte para eles.
A facção teria optado por não ocultar os corpos, a fim de evitar especulações e garantir que o caso tivesse uma conclusão.
Os suspeitos identificados por matarem médicos
A suspeita da Polícia Civil do RJ é que Philip Motta, o Lesk, ex-integrante da milícia Gardênia Azul e membro do Comando Vermelho, seria o responsável pelo assassinato dos três médicos. Segundo fontes, o corpo de Lesk teria sido encontrado na Gardênia.
Foragido da Justiça do Rio, Lesk teve a prisão preventiva decretada por crime de associação para o tráfico em setembro de 2019. Ele também é apontado como integrante de um grupo paramilitar que atua na zona oeste.
O outro corpo é de Ryan Nunes de Almeida, que integrava o grupo liderado por Lesk.
Os demais corpos não haviam sido identificados até a última atualização desta reportagem e não se sabe se estão relacionados ao assassinato dos médicos.
O grupo de Taillon estaria em guerra com o Comando Vermelho pelo controle de bairros da zona oeste carioca. Os executores teriam recebido a informação de que o miliciano estaria em um quiosque na Barra da Tijuca, perto de sua casa, e decidiram, então, assassiná-lo.
Com informações do Metrópoles