Nesta quarta-feira, dia 4 de outubro, a rede de livrarias Saraiva comunicou oficialmente, que entrou com o pedido de falência. A medida foi protocolada na 2ª Vara de Falências e Recuperações Judiciais do Foro Central da Comarca da Capital do Estado de São Paulo. Vale ressaltar que a empresa estava sob processo de recuperação judicial desde o ano de 2018.
No mesmo comunicado, a empresa também declarou que não contará mais com os serviços de auditoria da RSM Brasil Auditores Independentes. Quando a Saraiva ingressou no processo de recuperação judicial, enfrentava uma dívida acumulada de R$ 675 milhões, distribuída entre 1,1 mil credores. Como parte de sua reestruturação, a empresa encerrou todas as operações em suas lojas físicas no final de setembro, mantendo apenas as vendas online.
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Durante o segundo trimestre, a empresa enfrentou um prejuízo operacional de R$ 11 milhões, marcando um aumento de 16% em comparação com o ano anterior. As lojas físicas viram sua receita declinar significativamente, com uma queda de 60,2%. Além disso, nos três meses entre abril e junho, o faturamento do site se limitou a apenas R$ 128 mil, equivalendo a R$ 1,4 mil por dia. Esse desempenho representa uma queda de 78% em relação ao mesmo período de 2022.
A rede de livrarias Saraiva, com mais de um século de história desde sua fundação por Joaquim Inácio da Fonseca Saraiva em 1914, encerra sua longa trajetória após decretar falência. Em seu auge, contava com mais de cem lojas espalhadas pelo Brasil, mas durante o processo de recuperação judicial em 2018, restavam 85 unidades em 17 estados. Agora, a falência deve ser formalizada pela Justiça.