O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) se reuniu nesta quarta-feira (20) com o presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, em Nova York. Após o encontro, os dois presidentes lançaram a “Parceria pelos Direitos dos Trabalhadores e Trabalhadoras”.
A proposta prevê ações conjuntas para ampliar discussões sobre melhorias nas condições de trabalhadores. Segundo o governo brasileiro, Brasil e Estados Unidos pretendem, juntos, incentivar a geração de empregos com cobertura de direitos trabalhistas e proteger quem trabalha por meio de plataformas digitais.
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De acordo com informe do governo brasileiro, a parceria com os Estados Unidos tem os seguintes objetivos:
- Ampliar o conhecimento sobre direitos trabalhistas;
- Garantir que a transição energética ofereça empregos que não sejam precários;
- Aumentar a importância dos trabalhadores em organismos como G20 e nas conferências do clima (COP 28 e COP 30);
- Apoiar e coordenar programas de cooperação técnica relacionados ao trabalho;
- Capacitar trabalhadores e proteger direitos de quem trabalha por meio de plataformas digitais;
- Buscar parceiros do setor privado para criar empregos dignos nas principais cadeias de produção, combater a discriminação e promover a diversidade.
Em fala ao lado do presidente norte-americano, Lula falou sobre a amizade entre Brasil e EUA, e voltou a criticar a “negação da política”, que estaria ameaçando democracias e provocando o surgimento de grupos extremistas pelo mundo. Lula disse:
“A democracia cada vez mais corre mais perigo porque a negação da política tem feito com que setores extremistas tentem ocupar o espaço, em função da negação política. Isso já aconteceu no Brasil, está acontecendo na Argentina e está acontecendo em vários outros países”.
Este foi o segundo encontro de Lula com Biden este ano.
Ainda hoje, o presidente brasileiro deve ter uma reunião com o presidente da Ucrânia, Volodymyr Zelensky, antes de retornar ao Brasil.