O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, deixou na tarde de hoje, 9, o Batalhão da Polícia do Exército, em Brasília. Cid foi para o Centro Integrado de Monitoração Eletrônica (Cime), onde colocou tornozeleira eletrônica, e depois foi liberado depois de quatro meses preso.
Ele foi libertado após decisão do ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, que lhe concedeu liberdade provisória após pedido da defesa de Cid e da homologação, ainda hoje, do acordo de colaboração premiada firmado com a Polícia Federal.
Leia mais:
Moraes homologa delação e concede liberdade a Mauro Cid
VÍDEO: Michelle Bolsonaro chora e diz “estamos sendo perseguidos” em culto
Cid estava preso desde 3 de maio, sob suspeita de adulterar dados de vacinação de Bolsonaro e pessoas de seu entorno. Seu acordo de delação premiada refere-se ao inquérito das milícias digitais e a todas as investigações conexas, como a investigação sobre a venda de presentes oficiais recebidos pelo governo Bolsonaro.
O militar terá de cumprir medidas cautelares: além de usar tornozeleira eletrônica, também não poderá sair de casa em determinados horários, teve passaporte e porte de arma suspensos, não poderá usar redes sociais, e foi afastado de suas funções no Exército.
O teor da sua delação e possíveis provas que ele possa apresentar permanecem sob sigilo.