O tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL), entregou no dia 6 ao STF (Supremo Tribunal Federal) um “termo de intenção” de fazer um acordo de delação premiada. A informação foi divulgada pela imprensa no feriado.
A PF (Polícia Federal) informou que concorda com a proposta de Cid. Ele se reuniu no STF na última quarta-feira com um um juiz auxiliar do gabinete do ministro Alexandre de Moraes.
Os termos da delação ainda não foram definidos.
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A proposta agora será enviada ao MPF (Ministério Público Federal) — que dará seu parecer— e precisa ser aceita pelo ministro Alexandre de Moraes, relator dos inquéritos em que Cid é investigado. Para que sua colaboração seja aprovada pela Justiça, será necessário que o coronel apresente provas das suas alegações.
Cid está preso desde maio na sede da PF em Brasília por suspeita de ter adulterado informações do cartão de vacina de Bolsonaro e pessoas do seu entorno. Desde então, ele se tornou peça-chave na investigação sobre venda ilegal de joias e presentes recebidos pela presidência durante o governo Bolsonaro. A investigação da PF busca averiguar se parte dos valores conseguidos com essas vendas teria ido para Bolsonaro e a ex-primeira-dama Michelle.
Já hoje, 8, a defesa de Cid informou que pediu a liberdade provisória do tenente-coronel ao ministro Alexandre de Moraes. O pedido está sendo analisado.