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Lula defende que Bolsonaro seja julgado por genocídio na pandemia

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Nesta terça, 5, o presidente Lula (PT) cobrou em sua live semanal “Conversa com o Presidente” que o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) seja julgado por genocídio por sua condução do governo durante a pandemia de Covid-19. Lula também defendeu que o seu antecessor seja investigado por “outras coisas que estão aparecendo por aí”.

Sem citar nominalmente Bolsonaro, Lula disse na live:

“Uma das coisas que mais quero é acabar com o ódio. Você pode não gostar de mim, não tem problema nenhum, eu não estou pedindo você em casamento. Eu só quero que você seja civilizado. Eu te respeito e você me respeita. Eu não posso te ofender, destratar você. Isso tudo foi criado pelo ódio, disseminado no Brasil pelo coisa [referindo-se a Bolsonaro].

O Coisa. Que eu sempre falo que ele vai ser julgado ainda como genocida. Ele vai ser julgado. Porque não é brincadeira terem morrido 700 mil pessoas aqui, uma grande parte por falta de cuidado do governo, por falta de orientação do governo, por falta de respeito com a medicina, a ciência”.


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Ele continuou:

“Então, não é o Lula que quer, eu não quero nada. Eu quero que ele tenha direito à presunção de inocência em todos os processos, mas não dá para deixar esse cidadão passar sem uma investigação correta. Por que morreu tanta gente no Brasil? Por que tanto descaso? E fora as outras coisas que estão aparecendo por aí.

Porque na verdade na verdade, um cidadão que não tem coragem de passar a faixa, um cidadão que se esconde porque estava prevendo um golpe… porque na verdade ele queria dar um golpe, da forma mais mesquinha possível. Disputou uma eleição, ganhou. Com medo de perder [a seguinte], diz que a eleição não era correta, que tinha falha não sei das quantas… Esse país precisa aprender a respeitar as instituições. Não cabe ao presidente da República gostar ou não de uma decisão da Suprema Corte. A Suprema Corte decide, a gente cumpre. É assim que é”.

No mesmo programa, Lula também disse que os militares “se apropriaram” no 7 de setembro, mas que a data pertence a todos. Ele declarou:

“O que aconteceu no Brasil foi que, como tivemos, durante 23 anos, um regime autoritário, a verdade é que os militares se apoderaram do 7 de Setembro. Deixou de ser uma coisa da sociedade como um todo. O 7 de Setembro é do militar, é do professor, é do dentista, do advogado, do vendedor de cachorro-quente, é do pequeno e médio empreendedor individual. É de todo mundo”.

Veja a íntegra do Conversa com o Presidente clicando aqui.

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Ivanildo Pereira
Ivanildo Pereira
Repórter de política na Rede Onda Digital Jornalista formado pela Faculdade Martha Falcão Wyden. Política, economia e artes são seus maiores interesses.

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