Foram condenados na terça, 29, em julgamento por júri popular em Goiânia (GO) os réus Raissa Nunes Borges, de 20 anos, e Jeferson Cavalcante Rodrigues, de 24 anos. Eles foram condenados pelo assassinato de Ariane Bárbara Laureano de Oliveira, que tinha 18 anos e foi morta em 24 de agosto de 2021.
De acordo com a acusação do Ministério Público, a motivação do assassinato foi um “teste prático” que Raissa queria fazer com ela mesma: ela queria matar alguém para “saber se era ou não uma psicopata”. Ariane, a vítima, foi escolhida por ser pequena e poder ser dominada com facilidade.
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Os assassinos eram amigos de Ariane. Ela foi morta dentro de um carro durante um passeio com um grupo. Ariane foi imobilizada com um mata-leão e depois esfaqueada por Raissa e Freya Jacomini Carneiro, de 20 anos, que também estava no carro – Freya foi condenada em março deste ano a 15 anos de prisão. Também participou do assassinato uma menor de idade à época, que recebeu a maior punição prevista no Estatuto da Criança e do Adolescente. Jeferson dirigiu o carro e depois jogou o corpo de Ariane numa área de mata no Setor Jaó.
Após matarem Ariane, os acusados desovaram o corpo, foram se limpar em um banheiro público e saíram para lanchar.
O corpo de Ariane só foi encontrado seis dias depois. Durante o período de buscas, Raissa e Jeferson participaram ajudando a família da vítima e deram informações erradas para despistar a polícia.
Raissa e Jeferson foram condenados pelos crimes de homicídio e ocultação de cadáver. Ambos foram absolvidos do crime de corrupção de menor. Raissa deve cumprir pena de 15 anos de reclusão e 10 dias multa. Já Jeferson, cumprirá 14 anos reclusão e 10 dias multa. Os condenados continuam presos durante o trânsito em julgado e cumprirão a pena no presídio Aldemir Guimarães, em Aparecida de Goiânia.
A mãe da vítima, Elaine, declarou ter ficado insatisfeita com o resultado do julgamento. Ela disse:
“Não [era o que esperava]. De jeito nenhum, muita indignação. Está todo mundo abraçando as suas mães. E eu? Estou abraçando quem agora? É muito pouco. Daqui a seis anos está todo mundo na rua”.