A Câmara de vereadores de Porto Alegre (RS) homenageará os ataques terroristas de 8 de janeiro como sendo “Dia do Patriota”. A lei foi promulgada na segunda-feira (7) pelo presidente da Casa Legislativa Hamilton Sossmeier (PTB). Após passar pelas três comissões permanentes do Legislativo porto-alegrense.
O prefeito de Porto Alegre, Sebastião Melo, entretanto, não sancionou nem vetou a lei durante os 15 dias de prazo, o que fez com que o projeto retornasse para a mesa do presidente da Câmara Municipal.
Saiba mais:
EXCLUSIVO: Alberto Neto responde a Coronel Menezes, ele é desagregador e constrange Bolsonaro
O Projeto de Lei (PL), proposto pelo vereador Alexandre Bobadra (PL), mesmo partido do ex-presidente Jair Bolsonaro, não explica o motivo da escolha da data e nem cita direta ou indiretamente o ex-presidente Jair Bolsonaro.
Cassado
Alexandre Bobadra viu sua ideia virar Lei, mas, após uma semana, teve o mandato cassado pelo Tribunal Regional Eleitoral do Rio Grande do Sul (TRE-RS). O colegiado entendeu que o vereador cometeu crime de abuso de poder econômico e uso indevido dos meios de comunicação durante as eleições de 2020. Ainda cabe recurso ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE). A vaga de Bobadra foi ocupada na quarta-feira pelo vereador Cláudio Conceição (União Brasil).
Reduto
O Rio Grande do Sul é reduto bolsonarista, mas a capital não está tão à direita. No primeiro turno, o então candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva, ficou em primeiro lugar em Porto Alegre, com 412 mil votos (49,83% dos válidos), enquanto Bolsonaro teve 323 mil votos (39,11% dos válidos). No segundo turno, o petista ficou na primeira posição, com 437 mil votos (53,50%) e Bolsonaro, com 380 mil (46,50%).
No Estado, Bolsonaro ganhou nos dois turnos com, respectivamente, 3,2 milhões de votos (48,89% dos válidos) e 3,7 milhões de votos (56,35%). Lula ficou em segundo nas duas votações com, respectivamente, 2,8 milhões de votos (42,28%) e 2,9 milhões de votos (43,65%).