Segundo o advogado Cezar Bitencourt, o tenente-coronel Mauro Cid deverá fazer ainda hoje, 21, uma confissão à Polícia Federal sobre a investigação de venda ilegal de joias e presentes recebidos pela presidência. Cid deverá implicar, nessa confissão, o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A informação foi divulgada pela CNN Brasil.
Segundo o advogado, Cid ouviu de Bolsonaro a seguinte frase: “Resolve isso aí”. Bitencourt disse:
“É uma confissão. [Cid] vai admitir. As provas estão aí, ele vai admitir. Mas isso é início de conversa. Nem falei com o delegado que está com a investigação.
[Cid] efetuou a venda do relógio nos EUA, daí ia trazer para cá o resultado. Ele era assessor do chefe. Fez isso e procurou entregar para quem o determinou que fosse feito a venda”.
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Desde que assumiu a defesa de seu cliente, Bitencourt já deu declarações confusas sobre os próximos passos de Cid na investigação sobre as joias. Logo ao assumir, o advogado disse que o tenente-coronel “obedecia ordens”, depois deu uma entrevista à revista Veja afirmando que seu cliente ia confessar que vendeu o relógio Rolex a mando de Bolsonaro.
Uma dia depois, deu uma nova versão, dizendo que a fala do seu cliente não tinha a ver com as joias, e afirmou que foi mal interpretado.
A suspeita da PF é de que recursos provenientes da venda das joias teriam sido repassados a Bolsonaro. Além de Cid, também estão implicados seu pai, o general Mauro Lourena Cid, o advogado da família Bolsonaro, Frederick Wassef, e o ex-assessor Osmar Crivelatti.