O museu do Seringal Vila Paraíso, no afluente Tarumã-Mirim, completou 21 anos nessa semana. Você já conhece o espaço?, Você sabia que ele foi usado como cenário de um filme? Você sabia que ele retrata fielmente a casa dos barões da borracha nos anos de 1800? Vem que a Onda Digital te mostra como é por dentro e te ensina como chegar lá !
O espaço retrata a o modelo econômico da região amazônica na época da extração do látex das seringueiras até a fabricação da borracha. O local reproduz o cenário do seringal Vila Paraíso, montado para o filme ‘A selva’, gravado em 2001, com a participação Maitê Proença, Gracindo Júnior, Cláudio Marzo, Roberto Bonfim e o ator português Diogo Morgado como protagonista.
É possível encontrar reproduções de algumas instalações da época. Como:
Barracão de aviamentos
Lugar onde os seringueiros eram obrigados a pegar seus instrumentos de trabalho e entregavam sua produção em troca de comida. Os seringueiros precisavam produzir pelo menos 50 quilos de borracha por semana para poder retirar a comida. O problema é que nem sempre conseguiam e ficavam endividados.
Capela de Nossa Senhora da Conceição
No local, os seringueiros rezavam por uma vida melhor.
Casa de banho
A Casa de banho das damas, destinada às mulheres da família do barão – cenário do banho da atriz Maitê Proença no filme A Selva.
Trilha das seringueiras
Ambiente os seringueiros escolhiam as árvores e retiram o látex
Tapiri de defumação
Os seringueiros colocavam o recipiente para recolher essa seiva e contam que cada árvore precisava de um intervalo de 3 meses para que pudesse ser usada novamente.
Casa do barão
O local de muito luxo e itens sempre bem sofisticados para a época.
Casa do capataz
Onde morava o ajudante do Barão, os seringueiros que eram considerados bons e faziam o serviço correto se quisessem sobreviver tinham que virar capataz.
Tapeiras
Nos casebres, conhecidos como taperas, dormiam e descansavam em condições degradantes os seringueiros, os trabalhadores que extraiam o látex para produzir a borracha num regime de trabalho escravo.
Os seringueiros eram em sua maioria migrantes nordestinos, que foram a região amazônica, com a promessa de ganhar muito dinheiro nos seringais e acabaram, na verdade, se tornando trabalhadores escravos. É uma história terrível, interessante e difícil de acreditar.
Nesse barraco de madeira aberto, sem proteção, com comida escassa e uma rede ficava o seringueiro com sua família. Muitos morriam com doenças como malária e febre amarela, ou por ataque de animais como onças, cobras e escorpiões.
Às custas desse trabalho, os seringalistas ostentavam riqueza e as cidades da região se tornaram grandes centros.
Manaus, por exemplo, foi a primeira cidade brasileira a ser urbanizada e a segunda a possuir energia elétrica.
Cemitério dos seringueiros
Em média os seringueiros morriam de 3 em 3 meses, porque a fumaça inalada pelo nariz oriunda do látex era tóxica.
Casa de farinha
No local, era ralada e prensada a mandioca, item de fundamental importância na alimentação dos seringueiros.
No local, estão móveis e utensílios que testemunham a riqueza dos seringais no auge da valorização econômica da borracha.
Como chegar
O acesso ao Museu do Seringal é feito por meio fluvial. O visitante inicia a viagem na Marina do Davi, na estrada da Ponta Negra. Algumas linhas de ônibus do transporte público passam pelo local, como 120, 450, 542, 641.
Ao chegar na marina, é necessário embarcar em uma das lanchas da Cooperativa dos Profissionais de Transporte Fluvial da Marina do Davi (Acamdaf), que faz o transporte dos visitantes até o local. Cada trecho custa R$ 21 por pessoa. Horários de saída têm intervalos médios de uma hora, mas atenção: ao lotar, a embarcação deixará a marina em direção ao Museu.