Um dia após ter sido presa, Ana Júlia Ribeiro, esposa de Gil Romero, detido pela morte da morte de Débora Silva Alves, de 18 anos, que estava grávida de 8 meses. Acompanhada de seu advogado, ela concedeu entrevista e afirmou que não sabia de nada sobre o caso e que não sabia sobre um possível relacionamento extraconjugal de seu marido. Em alguns momentos chegou até a chorar.
“Eu soube do caso no domingo, por ter ouvido do próprio irmão dela. nesse dia eu soube da gravidez também. Surgiu boatos de que ela estaria grávida de um rapaz chamado Gil também. mas o meu marido era reconhecido por Romero. eu não tinha conhecimento dessa gravidez”, afirmou.
Ana Júlia contou que o irmão de Débora chegou até o boteco de Gil para saber da irmã porque ela estava desaparecida e indagou: “Cadê o Gil?, Cadê minha irmã?”. Conforme Júlia, ela ainda chegou a dizer ao irmão de Débora que qualquer assunto relacionado ao seu marido, ele poderia dizer a ela, que ela repassaria a ele.
Ana Júlia declarou que era casada com Gil há 14 anos e que nunca soube de casos extraconjugais do marido. De acordo com a mulher, ela declarou que conhecia Débora de “vista”, porque a vítima teria se relacionado com irmão dela em outro momento.
“A Débora chegou na minha vida através de um relacionamento que ela teve com o meu irmão. Eu nunca cheguei a conversar com essa garota de forma alguma”, relatou.
A esposa de Gil negou que ligasse ou mandasse mensagem para Débora durante a gravidez, como afirma a família da vítima.
“Eu nunca tive nenhum tipo de ligação com a Débora. Ela estava nas minhas redes sociais por motivo de ter me adcionado por ter contato com a minha família, da minha mãe que morava lá na zona leste”, disse
Em declaração, Ana Júlia, negou qualquer participação no crime e também na fuga de Gil, que ocorreu no dia seguinte ao crime.
“Eu não tive contato com ele. até eu mesma falei para o doutor que eu queria muito saber onde ele estava porque eu não sabia se ele estava vivo ou morto. Eu não sabia do crime”, afirmou
Relembre o caso
No sábado, 29 de julho, Débora da Silva Alves, 18, grávida de oito meses, saiu de casa para ir ao encontro do pai da criança, Gil Romero Machado Batista, que atraiu a vítima com a falsa promessa de uma ajuda de custo para comprar um berço para o bebê que a jovem estava esperando.
De acordo com familiares, após Débora sair da residência da família, nunca mais foi vista ou entrou em contato com a família. O corpo da jovem foi encontrado na quinta-feira (3) em uma área de mata na zona leste de Manaus, com marcas de tortura, queimada e dentro de um camburão.
No desenrolar da investigação sobre o caso, foi constatado que Gil seria dono de um bar na zona leste de Manaus e teve a ajuda de seu funcionário conhecido como “Nego”, preso na quinta-feira (3/8), suspeito de ter sido cúmplice na morte de Débora. Inclusive foi “Nego” que revelou onde estava o corpo de Débora.
A polícia também constatou que Gil Romero vinha ameaçando Débora por não aceitar a gravidez da jovem, bem como já tinha tentado matar a jovem uma outra vez, além de comprar remédios abortivos para a jovem. De acordo com informações da polícia, Gil Romero era casado e queria esconder o caso da sua esposa.