A cúpula da Amazônia acontece na próxima semana, entre 8 e 9 de agosto, e deve reunir representantes de 15 países em Belém. O encontro tem como foco a cooperação entre as nações principalmente para o combate a mudanças climáticas, e o documento do evento deve contar ainda com reivindicações de combate ao crime organizado na Amazônia.
A declaração para o encontro dessa semana já tem 130 parágrafos, e se destaca em em comparação com as de cúpulas anteriores. Além da demanda pela produção de acordos de cooperação entre as nações, a declaração destacará a necessidade de contar com estratégias de segurança e combate ao crime organizado.
Segundo o informe “Segurança Pública e Crime Organizado na Amazônia Legal”, publicado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, entre 2016 e 2022, houve um crescimento de 35,2% da população prisional dos Estados da Amazônia Legal. Enquanto isso, no Brasil o aumento no mesmo período foi menor, de 14,1%. Isso demonstra que o crime organizado na região está mais forte.
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Claudio Angelo, coordenador de comunicação do Observatório do Clima, disse que o evento não é isolado. Ele afirmou:
“Está dentro de uma estratégia maior do Brasil que começa agora pela cúpula da Amazônia, passa pelo G20, no ano que vem, e chega na COP30, em 2025. Então o governo brasileiro enxerga isso como um grande contínuo dessa construção de retomada da agenda climática”.