O Projeto de Lei que previa a instalação de sistema de botão do pânico nos transportes coletivos de Manaus, aprovado pela Câmara Municipal no começo do mês passado, foi vetado hoje, 1º, pelo prefeito David Almeida (Avante). O vereador Lissandro Breval (Avante) esteve nesta tarde no programa “Meio Dia com Jefferson Coronel” da Onda Digital, e comentou o veto do prefeito.
Breval afirmou:
“Montei meu gabinete virtual e a maioria das denúncias que recebemos lá foram de violência no transporte público. Supera infraestrutura nas preocupações da população. Fomos atrás de experiências que funcionaram em outras cidades do Brasil e vimos a iniciativa do botão do pânico: um botão físico que fica com motorista e cobrador, mas que o cidadão também pode acionar pelo celular.
A população não aguenta mais: são 3 mil assaltos em ônibus por ano. Está claro que o ambiente do transporte público é um facilitador desse tipo de ação, e temos que pensar fora da caixinha. Em cidades como Mogi das Cruzes, hoje o bandido pensa 2 vezes em entrar no ônibus por causa desse sistema”.
Veja abaixo:
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Ele continuou:
“O prefeito me falou que havia uma questão orçamentária envolvida, mas ainda não conversei com ele.
Sou do partido do prefeito, e se ele veta, então encerrou. Mas essa luta é de todos os vereadores: cada vereador que representa seu nicho, seu bairro, precisa encampar a luta pelo transporte público. Tem gente morrendo nos ônibus, gente sendo humilhada diariamente”.
Veja abaixo:
Sobre o fato de alguns vereadores terem afirmado nos últimos dias que o projeto traria insegurança para motoristas e cobradores que trabalham nos coletivos, Breval disse:
“Quem disse isso não tem conhecimento. Por que, como o bandido saberia quem acionou o botão, se pode ser qualquer pessoa? Isso não coloca em risco o cobrador e o motorista”.
O vereador concluiu:
“Vou fazer um esforço na CMM com cada um dos vereadores, junto à liderança do prefeito, ao secretário de articulação. Vai vetar? Ok, mas então é preciso um novo direcionamento. Algo precisa ser feito. Porque a população não aguenta mais”.
Veja abaixo: