O presidente do Partido Liberal (PL), Valdemar Costa Neto, descartou a possibilidade de retirar a ação que pode levar à cassação do mandato do senador Sergio Moro (União-PR). A investigação, em tramitação no Tribunal Regional Eleitoral do Paraná, também se baseia em uma representação da federação PT/PV/PCdoB.
Em junho, o TRE-PR decidiu analisar em conjunto as ações de PT e PL. A Corte também autorizou a produção de provas nos processos, para a qual devem ser ouvidas pelo menos dez testemunhas.
Em linhas gerais, o PL sustenta ter havido “desequilíbrio eleitoral” devido a supostas irregularidades na campanha de Moro, a começar por sua filiação ao Podemos. A sigla de Jair Bolsonaro questiona o fato de o ex-juiz ter se lançado pré-candidato à Presidência e depois ter migrado para o União Brasil a fim de concorrer a senador.
A filiação ao União para chegar ao Congresso configuraria, segundo o PL, o uso de “estrutura e exposição de pré-campanha presidencial para, num segundo momento, migrar para uma disputa de menor visibilidade, menor circunscrição e teto de gastos vinte vezes menor”. Gastos de campanha de Moro também são contestados.
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“Cumpro minha obrigação de presidente do partido”, disse Valdemar, nesta terça-feira 25, ao jornal O Globo. “O segundo colocado nas eleições, após Moro, foi Paulo Martins, do PL.”