A Polícia Federal cumpriu na tarde de terça-feira (18) mandados de busca e apreensão em endereços ligados ao empresário Roberto Mantovani Filho, em Santa Bárbara D’Oeste, no interior de São Paulo. Mantovani, sua esposa e seu genro são suspeitos de agredir o ministro do STF (Supremo Tribunal Federal) Alexandre de Moraes, no aeroporto de Roma, na Itália, no último final de semana.
O pedido da PF para fazer essa operação de busca e apreensão foi levado ao STF por uma “possível relação” com o inquérito em curso na Corte que apura os atos antidemocráticos, cujo relator é o próprio Alexandre de Moraes, que comunicou o seu impedimento para avaliar o caso.
O procedimento tramita de forma sigilosa no STF. A ministra Rosa Weber foi quem autorizou a operação.
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Na representação, assinada no domingo (16), o delegado da PF Hiroshi de Araújo Sakaki disse que, “embora os crimes” relacionados às agressões sejam “em tese crimes contra a honra e contra a liberdade pessoal” de magistrado do STF, “há elementos indicando uma possível relação com os fatos apurados no Inquérito 4879, o qual tramita nesta colenda corte, razão pela qual o feito é remetido ao Supremo Tribunal Federal”.
A ministra fundamenta sua decisão dizendo que a PGR (Procuradoria-Geral da República) demonstrou que a medida de busca e apreensão seria “imprescindível para coleta e preservação” de provas relacionados ao caso “a fim de verificar a participação em eventuais condutas criminosas”.
Na sexta, 14, Moraes e seus familiares teriam sido hostilizados e xingados por três manifestantes brasileiros no aeroporto de Roma. Os três brasileiros foram identificados pela PF no aeroporto de Guarulhos, mas não foram detidos. São eles: Alex Zanatta Bignotto, Roberto Mantovani Filho e Andreia Mantovani. Segundo a PF, Mantovani teria empurrado o filho de Moraes, mas ele negou a agressão em seu depoimento.
Eles serão investigados em inquérito que apura os crimes de injúria, perseguição e desacato.