O Ministério Público Federal anunciou que apura possíveis crimes de homofobia e transfobia cometidos pelo pastor André Valadão. O sermão do pastor, proferido na Igreja Batista da Lagoinha, em Orlando, Flórida, Estados Unidos, no último domingo, virou um dos assuntos mais comentados das redes sociais desde ontem, devido aos seus comentários que incitaram ódio à população LGBTQIAPN+.
O MPF disse que, após a apuração dos fatos, encaminhará as “medidas cabíveis para o caso”.
O sermão de Valadão foi transmitido em redes sociais e nele, o pastor insinua que evangélicos devem matar pessoas LGBTQIAPN+. Ao comentar a realização de paradas gays, ele disse:
“Essa porta foi aberta quando nós tratamos como normal aquilo que a Bíblia já condena. Agora é hora de tomar as cordas de volta e dizer: ‘não, pode parar, reseta’. Aí Deus fala, ‘não posso mais, já meti esse arco-íris, se eu pudesse, eu matava tudo e começava tudo de novo. Mas já prometi para mim mesmo que não posso, então, agora está com vocês’. Você não pegou o que eu disse: agora está com você. Eu vou falar de novo: está com você”.
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A fala dele foi repudiada por personalidades e políticos. O senador Fabiano Contarato (PT- ES) chegou a postar em seu Twitter:
Por tudo que sou, pelo que acredito, pela minha família e por tudo que espero para a sociedade, não posso me calar diante do crime praticado por André Valadão. Vamos representar criminalmente para que ele responda por manipular a fé e incitar a violênciahttps://t.co/CHWPogZI3x
— Fabiano Contarato (@ContaratoSenado) July 3, 2023
Já a deputada federal Erika Hilton (PSOL-SP), presidente da Frente Parlamentar Mista por Cidadania e dos Direitos LGBTI+, enviou representação ao Ministério Público de Minas Gerais contra André Valadão.
O religioso tentou se defender ontem em vídeo, no qual disse:
“Nunca será sobre matar, segregar, mas será sim sobre resetar, levar de volta a essência, ao princípio…. sim cabe ao que crê em Jesus levar a mensagem do recomeço, reset, reinício, nascer de novo e viver não mais para si, mas para Deus e suas leis”.
