Neste sábado (1º/7), aconteceu a segunda noite do 56º Festival Folclórico de Parintins (a 369 quilômetros de Manaus). As apresentações dos bois Garantido e Caprichoso foram marcadas por temas sociais e consciência da luta indígena.
O boi Caprichoso encerrou a segunda noite do Festival já na madrugada deste domingo (2). No Bumbódromo, o Touro Negro apresentou o espetáculo “Resistência: a força da nossa existência” que integra o tema deste ano “O Brado do Povo Guerreiro”.
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O item 1 do Caprichoso, o apresentador Edmundo Oran, destacou o trabalho intenso para levar o boi à arena, cuja preparação começa quase um ano antes do Festival. Oran disse:
“Como apresentador, eu já começo a me preparar, junto ao Conselho de Arte, a fazer reuniões para definir projetos e, quando se aproxima do festival, com artistas, alegorias e figurinos. Se Deus quiser e nossa senhora do Carmo abençoar, segunda-feira estaremos comemorando o bicampeonato do Boi Caprichoso”.
A segunda noite teve mais quatro alegorias e módulos aéreos que trouxeram itens como cunhã-poranga e o boi-bumbá.
O maior destaque foi, como apresentação de Lenda Amazônica, o “Veleiro Cabano do Uaicurapá”, onde os artistas exaltam a resistência das mulheres amazônidas pelas lutas contemporâneas do povo cabano.
A Figura Típica Regional, reverenciou os Quilombolas da Amazônia. O público também se emocionou com o Ritual Indígena com a Iniciação Masculina Munduruku Marupiara, que marca a entrada dos futuros guerreiros.