Com 3 votos a 1 para tornar o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) inelegível por oito anos, o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) suspendeu o julgamento e retomará a sessão amanhã, 30, ao meio-dia (hora de Brasília), em sessão extraordinária.
Ainda na sessão de hoje, a maioria do colegiado votou pela absolvição do candidato a vice de Bolsonaro, o general Walter Souza Braga Netto (PL).
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A votação hoje foi retomada com a posição do ministro Raul Araújo, que foi contra o voto do relator, ministro Benedito Gonçalves, e decidiu pela absolvição de Bolsonaro. Ele estava sendo pressionado por bolsonaristas para pedir vistas do processo, o que atrasaria o julgamento em até 30 ou 60 dias.
Depois, o terceiro a votar foi o ministro Floriano de Azevedo Marques Neto. Ele foi com o relator e votou pela inelegibilidade. Em seu voto, ele apontou intenções eleitoreiras de Bolsonaro ao convocar reunião com embaixadores em Brasília, em julho do ano passado.
E o último a votar hoje, ministro André Ramos Tavares, também votou a favor do relator. Ele entendeu que Bolsonaro “promoveu impulsionamento de sua própria candidatura, manipulando a realidade para sua base eleitoral”.
Faltam votar os ministros Carmen Lúcia, Nunes Marques e Alexandre de Moraes, nesta ordem. Moraes votará por último pela condição de presidente da corte.
Para os quatro ministros que já votaram — o que configura maioria —, a condenação e a inelegibilidade devem ser restritas somente a Bolsonaro, sem alcançar o seu candidato a vice. Os votos seguem a manifestação do Ministério Público Eleitoral, que não viu a atuação direta do militar nos eventos investigados.
Se for condenado, Bolsonaro ficará inelegível a qualquer cargo político até 2030.