A Polícia Federal, em parceria com a Receita Federal e com o Ministério Público Federal, deflagraram nesta quinta-feira, 22, a operação “Dente de Marfim”, com mandados de busca e apreensão e bloqueio em conta de empresa que presta serviços de limpeza pública à Prefeitura de Manaus.
As investigações da “Dente de Marfim” perduram há três anos. Hoje, 16 mandados de busca e apreensão foram cumpridos contra 34 pessoas físicas e jurídicas, além de bloqueio no valor de 30 milhões de reais das contas bancárias e ativos financeiros, dentre outros bens de 34 pessoas físicas e jurídicas.
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Os crimes investigados pela operação são sonegação fiscal, organização criminosa, falsidade ideológica e lavagem de dinheiro.
Ao todo, são 10 empresas, algumas de fachada e um escritório de advocacia, ligadas a esta empresa principal que possuía contratos sem licitação com a Prefeitura de Manaus. Essas empresas emitiram notas fiscais suspeitas de serem inidôneas, entre os anos calendário de 2016 e 2021, no valor de R$ 48 milhões, com sonegação fiscal estimada em mais de R$ 21 milhões em tributos federais, desconsiderando-se multa e juros.
Somadas, as penas dos crimes de sonegação fiscal, falsidade ideológica, lavagem de dinheiro e corrupção podem ultrapassar 30 anos.
O nome “Dente de Marfim” é uma alusão à empresa investigada, que tem o nome de um mamífero da mesma família dos elefantes e que foi extinto há mais de 10 mil anos.
Posição da Prefeitura de Manaus
Em nota, a Prefeitura de Manaus disse que apoia a operação conduzida pela Polícia Federal. Confira a íntegra da nota:
A Prefeitura de Manaus apoia, de forma irrestrita, as investigações conduzidas pela Polícia Federal no âmbito da Secretaria Municipal de Limpeza Pública (Semulsp).
Os fatos investigados são relacionados a uma empresa cujo contrato foi firmado pela gestão anterior, porém desfeito pela atual administração municipal.
Prezando pela total transparência, a prefeitura prestará todas as informações necessárias para a apuração.