A CPMI (Comissão Parlamentar Mista de Inquérito) dos atos golpistas de 8 de janeiro agendou para a próxima terça-feira (20), o depoimento do ex-diretor da PRF (Polícia Rodoviária Federal) Silvinei Vasques. Ele será o primeiro nome a depor na comissão.
Vasques foi indicado para a direção da PRF pelo senador Flávio Bolsonaro em abril de 2021. Na véspera do segundo turno das eleições presidenciais em 2022, ele chegou a fazer um post nas redes sociais pedindo votos para o então presidente Jair Bolsonaro. Poucas horas depois, ele apagou o post.
A conduta da PRF no dia da eleição também atraiu críticas e fez com que Vasques fosse investigado: várias operações da PRF, com bloqueios em rodovias, notadamente em estados do nordeste onde Lula tinha preferência do eleitorado, contrariaram determinação expressa do TSE (Tribunal Superior Eleitoral).
Leia mais:
CPMI do 08/01: Convocações de aliados de Bolsonaro são aprovadas
Câmara instala CPI da manipulação no futebol; amazonenses são escolhidos titulares
Em dezembro, a corporação concedeu aposentadoria voluntária ao ex-diretor-geral. Poucos dias antes de terminar o governo Bolsonaro, Vasques foi exonerado do cargo na PRF.
Além dele, a comissão também marcou para quinta, 22, o depoimento de George Washington de Oliveira Sousa. Ele foi preso por tentar explodir uma bomba no aeroporto de Brasília, na véspera do Natal em 2022. Ainda no mesmo dia, também vai depor Valdir Pires Dantas Filho, perito da Polícia Civil do Distrito Federal que foi responsável por desarmar a bomba.
Ontem, o colegiado aprovou a convocação de aliados do ex-presidente Bolsonaro, como o ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres, do ex-ajudante de ordens de Bolsonaro, Mauro Cid, atualmente preso, e dos generais Augusto Heleno e Braga Netto.