Na tarde de hoje, 13, o ex-presidente dos Estados Unidos Donald Trump compareceu a um tribunal em Miami, na Flórida, para ser indiciado por colocar em perigo a segurança nacional: ao sair da presidência, ele teria guardado centenas de documentos confidenciais, incluindo sobre a segurança das armas nucleares do país, em sua residência.
Trump enfrenta 37 acusações, incluindo “retenção ilegal de informações vinculadas à segurança nacional, obstrução de Justiça e falso testemunho”. Ele foi à corte para ouvir para a leitura das acusações, e a segurança precisou ser reforçada ao redor do tribunal, no centro da cidade.
Esta é a acusação mais séria que o ex-presidente enfrenta: no início de abril, Trump se tornou o primeiro ex-mandatário norte-americano a ser acusado de um crime, ao ser indiciado por fraude contábil em Nova York ao subornar a atriz pornô Stormy Daniels para silenciá-la durante a campanha presidencial de 2016.
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Em janeiro de 2021, Trump levou dezenas de caixas repletas de arquivos para sua mansão de Mar-a-Lago, na Flórida. De acordo com a acusação, as caixas foram empilhadas no palco de um salão de dança do complexo hoteleiro, e também num banheiro, antes de serem transportadas para um depósito perto de uma piscina. Algumas tinham as palavras “segredo de Defesa”.
Um ano depois, após pedidos de autoridades, Trump devolveu cerca de 200 caixas de documentos confidenciais. Porém, uma operação do FBI em agosto de 2022 na residência de Mar-a-Lago encontrou mais de 30 caixas com 11.000 documentos.
A defesa de Trump informou que ele se declarou inocente das acusações.
Ele teria infringido uma lei federal que prevê obrigações de presidentes da República. Nos Estados Unidos, uma lei obriga os presidentes a enviarem todos os e-mails, cartas e outros documentos de trabalho para o Arquivo Nacional.
Donald Trump, que é pré-candidato a vaga republicana na eleição presidencial de 2024, alega que é vítima de uma “caça às bruxas” e de uma “conspiração”.