Um médico do Hospital da Mulher de Feira de Santana, na Bahia, denunciou ontem, 4, ter sido vítima de homofobia: o ginecologista Phelipe Balbi estava atendendo a uma paciente grávida durante o seu plantão quando começou a ser ofendido.
Ao sair da sala, a paciente ainda teria dito que “não gosta de ser atendida por homossexual”. Balbi diz que confrontou a paciente, alertando sobre o crime de homofobia contra um funcionário público, mas a mulher se recusou a pedir desculpas.
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Balbi relatou o ocorrido em suas redes sociais e depois saiu para fazer a denúncia de homofobia na delegacia. Foi quando o colega de Balbi, o também ginecologista Carlos Lino, que presenciou a cena, resolveu tomar uma medida: Ele se maquiou e colocou uma peruca para continuar o atendimento à mulher.
Antes da consulta, que não podia ser gravada, Carlos fez um vídeo que postou nas redes sociais, onde disse:
“Já houve a consulta, definimos conduta. Escutamos e ela escutou a gente. Ela está apta para pedir desculpas ao colega. Pode parecer coisa simples, mas quando uma pessoa tem um comportamento desse, imprime a outras pessoas que ela pode exercer assim. O pior de tudo é o limite do outro. Mas tem outros que matam […] temos que combater esses atos, com amor e com respeito”.
Veja o vídeo abaixo:
Em nota, o Hospital da Mulher de Feira de Santana repudiou o ocorrido e disse que presta apoio e solidariedade a Phelipe Balbi. O boletim de ocorrência foi registrado e a Polícia Civil investigará o caso.
A homofobia é crime imprescritível e inafiançável desde 2019 e prevê pena de um a três anos de reclusão.