Auditorias da Controladora-Geral da União (CGU), foram divulgadas nesta sexta-feira (2), e identificaram pagamentos irregulares de quase R$ 2 bilhões nos auxílios pagos pelo governo Jair Bolsonaro a caminhoneiros e taxistas no segundo semestre de 2022.
Conforme a CGU, houve falhas operacionais desses pagamentos fazendo com que 356.773 pessoas recebessem as parcelas sem ter direito legal aos recursos provinientes do benefício. Entre julho e dezembro de 2022, caminhoneiros e taxistas foram beneficiados com um auxílio mensal de R$ 1 mil.
Esse valor foi aprovado pelo Congresso Nacional como uma forma de mitigar os impactos da oscilação dos preços do petróleo no mercado internacional mas que que mesmo assim impactou as bombas de combustíveis no país.
Auditoria da CGU
Auditoria da CGU indicou que no momento de cadastrar os beneficiários e efetuar os pagamentos, o governo Bolsonaro teria incluído 110.051 pessoas irregularmente no Auxílio-Caminhoneiro e outras 314.025 no Auxílio-Taxista.
No total, essas pessoas receberam até R$ 7 mil, cada, sem ter direito ao benefício, durante o período em que o então presidente Jair Bolsonaro tentava a reeleição.
Taxistas
O pagamento indevido do auxílio aos taxistas resultou em um maior prejuízo para os cofres públicos. Segundo a CGU, de um total de 314.025 beneficiários do programa, 246.722 não atendiam aos critérios estabelecidos e receberam o auxílio indevidamente. O montante desembolsado para essas pessoas totalizou R$ 1,39 bilhão.
Caminhoneiros
No caso do auxílio destinado aos caminhoneiros, a CGU identificou que, dos 402.773 beneficiários, 110.051 não preenchiam os critérios de elegibilidade para receber o benefício. Conforme o relatório, o valor pago indevidamente a essas pessoas totalizou quase R$ 582,9 milhões.