O corregedor da Justiça Eleitoral, Benedito Gonçalves, liberou nesta quinta-feira (1º) para julgamento a ação que pode tornar inelegível o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL). Agora, cabe ao presidente do TSE (Tribunal Superior Eleitoral), ministro Alexandre de Moraes, marcar a data para esse julgamento.
A ação se refere à reunião que Bolsonaro fez em julho do ano passado com embaixadores de vários países no Palácio da Alvorada, na qual questionava, sem provas, o sistema eleitoral brasileiro e a segurança das urnas. À época, Bolsonaro era pré-candidato à reeleição.
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Gonçalves apresentou ao tribunal um relatório com o detalhamento dos procedimentos realizados ao longo da ação, inclusive os dados da coleta de provas e as alegações das partes e do Ministério Público Eleitoral. O MPE defendeu a inelegibilidade de Bolsonaro, e considerou que o ex-presidente abusou do seu poder ao usar recursos do Estado para propagar informações falsas sobre as eleições.
A defesa de Bolsonaro alega que a reunião com embaixadores não teve caráter eleitoral e que o ex-presidente apenas queria promover um “debate de ideias” para aprimorar o sistema eleitoral do país.