Após a aprovação na Câmara ontem, 30, do PL 490, que estabelece o marco temporal para demarcação das terras indígenas, e diante do risco de não aprovar a medida provisória que reestrutura os ministérios, o Governo monta uma “operação de guerra” para tentar salvar a articulação política com o Congresso. O presidente Lula convocou uma reunião com os ministros de Relações Institucionais, Alexandre Padilha, e da Casa Civil, Rui Costa, e o líder do governo na Câmara, José Guimarães (PT-CE), no Palácio da Alvorada, ainda na manhã desta quarta, 31.
O texto da medida provisória que rearranja os ministérios perde validade nesta quinta (1º). Se tivesse sido votado na noite de ontem, o governo teria sido derrotado.
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Desde o início do mês, o governo sofreu revezes no Congresso em temas como o marco do saneamento básico, a MP que pode afrouxar a fiscalização da Mata Atlântica, e ontem, com o avanço do projeto de lei que estabelece como marco temporal para demarcação das terras indígenas a promulgação da Constituição de 1988. O projeto agora será votado pelo Senado.
Líderes defendem que Lula telefone para o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), com a sinalização de que tem conhecimento da insatisfação generalizada com a desarticulação política do Palácio do Planalto – e de que está disposto a reverter o quadro. A expectativa é que Lula faça um gesto concreto ainda na manhã de hoje, garantindo acordos que envolvem a liberação de emendas e cargos.