Monitoramento do Instituto do Homem e Meio Ambiente da Amazônia (Imazon), divulgado hoje, 18, aponta que o tamanho da área desmatada na Amazônia durante o primeiro quadrimestre deste ano foi 36% menor que no mesmo período de 2022.
O Imazon é uma organização que, desde 1990, reúne pesquisadores que se dedicam a estudar aspectos relativos ao uso e conservação dos recursos naturais da região. A pesquisa foi feita a partir da análise das imagens de monitoramento por satélites.
Entre janeiro e abril deste ano, a retirada parcial ou total da cobertura vegetal amazônica atingiu uma área de 1.203 km². Nos primeiros quatro meses do ano passado, foram desmatados 1.884 km².
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Só no mês de abril, os pesquisadores concluíram que a queda no desmatamento chegou a 72%, caindo de 1.197 km² em abril de 2022 para 336 km² no mesmo mês deste ano.
Apesar dessa redução, a área devastada nos quatro primeiros meses deste ano representa o terceiro pior resultado nos esforços de preservação do bioma desde o ano de 2008.
Apesar de o desmatamento na Amazônia como um todo ter sido menor no primeiro quadrimestre deste ano, nos estados de Roraima e Tocantins houve um aumento da área degradada. Em Roraima, segundo o Imazon, a devastação aumentou 73%, passando de 63 km² de janeiro a abril de 2022 para 107 km² no primeiro quadrimestre deste ano.
E mesmo registrando uma queda no desmatamento no último período, Mato Grosso, Amazonas e Pará seguem como os estados com as maiores áreas derrubadas na Amazônia. De janeiro a abril deste ano, Mato Grosso devastou 400 km² de floresta, Amazonas 272 km² e Pará 258 km², o que representa 33%, 23% e 21% do total na região, respectivamente. Os três estados somados foram responsáveis por 77% da floresta destruída no primeiro quadrimestre de 2023.