A Câmara dos Deputados instalou hoje, 17, a CPI do MST: A Comissão Parlamentar de Inquérito vai investigar invasões de terras por integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem Terra.
O deputado Coronel Zucco (Republicanos-RS) foi eleito presidente do colegiado e indicou o deputado Ricardo Salles (PL-SP), ex-ministro do Meio Ambiente de Jair Bolsonaro, para a relatoria. Salles é conhecido pela frase “passar a boiada”: em reunião ministerial em abril de 2020, ele usou a expressão ao sugerir que o Governo aproveitasse a atenção da mídia em torno da pandemia de Covid-19 para relaxar a legislação ambiental brasileira.
A chapa eleita tem ainda o deputado Kim Kataguiri (União-SP) na primeira vice-presidência, o deputado delegado Fábio Costa (PP-AL) na segunda vice-presidência e o deputado Evair Vieira de Melo (PP-ES) na terceira vice.
Leia mais:
CPI do 08/01: Governo deverá ter maioria na composição de comissão
Barroso autoriza acesso da PF a provas da CPI da Covid
O PT escalou oito deputados para encarar a oposição, incluindo Gleisi Hoffmann, a presidente do partido.
Apesar de ser crítico do MST, Salles disse que fará um trabalho “técnico” e com “máximo de imparcialidade”.
O requerimento de abertura da comissão foi lido no fim de abril pelo presidente da Câmara, deputado Arthur Lira (PP-AL). A abertura da CPI do MST foi motivada por recentes invasões do movimento, embora a maioria das ações já tenha sido desmobilizada após negociações com o Governo Federal. Defensores da CPI querem apurar o que chamam de “real propósito” do movimento e de seus financiadores.
O líder governista na Câmara, Zeca Dirceu (PT-PR), afirmou que o governo Lula não teme os trabalhos da comissão e que ela servirá de vitrine para os sem-terra.