O Dossiê de Mortes e Violências contra LGBTI+ no Brasil revela que o país somou 273 mortes de pessoas LGBTI+ em 2022. Dessas mortes, 228 foram assassinatos, 30 suicídios e 15 tiveram outras causas.
O levantamento foi apresentado na terça-feira, 16, durante programação do Dia Internacional de Enfrentamento à Violência contra as Pessoas LGBTQIA+, do Ministério dos Direitos Humanos e da Cidadania (MDHC). Nesta quarta-feira, 17, comemora-se o Dia Mundial e Nacional de combate à LGBTfobia.
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O número de 273 mortes representa uma queda de 13,6% dos casos em comparação com o ano anterior. Ainda assim, o país segue na liderança entre as nações com mais mortes entre membros da população LGBTI+ no mundo. Aqui, a sigla fala sobre pessoas lésbicas, gays, bissexuais, travestis, mulheres e homens trans, pessoas transmasculinas, não binárias e demais dissidências sexuais e de gênero.
As mulheres trans e travestis representam o maior número de vítimas: elas representam 58% dos casos, o equivalente a 159 registros contabilizados.
Em seguida, aparecem os homens cis e gays, com 35% dos casos. Lésbicas e homens trans, por sua vez, somam 2,93% cada um.
O documento conclui que o Brasil mata um LGBTI+ a cada 32 horas. Com essa média, a nação é a responsável pelo maior número de mortes deste grupo minoritário em todo o mundo.
Durante a apresentação do relatório, organizações civis já apresentaram as informações iniciais sobre 2023: Até o mês de abril, 80 mortes de pessoas LGBTI+ já aconteceram no Brasil. Mais uma vez, a população de travestis e mulheres trans lideram os dados, com 62,50% dos casos.