O presidente do Congresso Nacional, senador Rodrigo Pacheco (PSD-MG), negou na noite desta quarta-feira, 4, pedido dos partidos de oposição para ocupar vagas da minoria na CPI dos Atos Golpistas, destinada a investigar o vandalismo e a destruição de prédios dos Três Poderes em Brasília no dia 8 de janeiro. A CPI foi criada em abril e ainda não foi instalada.
Após a negação de Pacheco, o governo deve garantir pelo menos 15 das 32 cadeiras da CPI Mista– o que, somado a parte das 8 vagas dos partidos “independentes”, pode resultar em uma maioria governista na comissão.
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Os partidos da oposição – PP e PL – devem ficar com 9 vagas. Eles tentavam conseguir duas cadeiras a mais, destinadas à minoria no Congresso, mas com a negativa de Pacheco, não conseguiram.
O líder da oposição no Senado, Rogério Marinho (PL-RN), disse que vai recorrer da decisão de Pacheco à comissão de Constituição e Justiça (CCJ). Segundo o senador, a decisão do presidente da Casa é equivocada. Além disso, o partido Novo decidiu levar a questão para o Supremo Tribunal Federal (STF) por meio de um mandado de segurança. A ação será protocolada nesta sexta-feira (5).
A previsão do líder do governo, Randolfe Rodrigues (Rede-AP), é de que a comissão comece a funcionar somente na segunda quinzena de maio. O grupo será formado por 16 deputados e 16 senadores.