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Ex-major preso pela PF diz saber quem matou Marielle

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Um dos presos na operação “Verine” da Polícia Federal (PF), o ex-candidato a deputado estadual pelo PL-RJ nas eleições de 2022 e ex-major do Exército, Ailton Barros, diz saber quem é o mandante da morte da vereadora e ativista Marielle Franco, no Rio de Janeiro, que ocorreu em março de 2018.

Ailton acabou preso pela operação da PF que investiga esquema de falsificação de dados de vacinação contra Covid-19 envolvendo o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), o ex-ajudante de ordens Mauro Cid, entre outras 14 pessoas que estão sendo investigadas na operação.

Após as prisões, a Polícia Federal revelou ter tido acesso a mensagens trocadas entre envolvidos no caso de falsificação de dados de vacinação. Em uma das conversas, Ailton Barros diz saber quem mandou matar Marielle. Até o momento, a PF não revelou se o ex-major citou o nome do mandante em alguma das mensagens ou em depoimento às autoridades.

Em 2022, Ailton concorreu como deputado estadual pelo PL. Em sua campanha eleitoral, ele se apresentava como “01 do Bolsonaro”. Além disso Ailton possui uma série de fotos ao lado do ex-presidente e foi oficial da Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), mas seguia carreira civil nos últimos anos. No mesmo ano, Barros foi exonerado do cargo de assessor que ocupava na Casa Civil do governo do Rio de Janeiro.

Nesta quarta-feira (3), Barros foi preso por suspeita de participação na adulteração de vacinas de Jair Bolsonaro, Michelle Bolsonaro e Mauro Cid Barbosa. O esquema de registros falsos envolvia postos de saúde no município de Duque de Caixas (RJ).

Ex-major preso pela PF diz saber quem matou Marielle
Ailton Barros e Jair Bolsonaro (Foto: Reprodução)

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Caso Marielle

Cinco anos após a morte da vereadora, o caso segue em aberto. Em uma das últimas atualizações sobre o episódio, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) aprovou, por unanimidade, o recurso em que as famílias da parlamentar e do motorista Anderson Gomes pedem acesso aos autos da investigação sobre os mandantes do crime

Até o momento, as investigações levaram à prisão do policial militar reformado Ronnie Lessa e do ex-policial militar Élcio de Queiroz pela execução do crime. Os motivos e os mentores do atentado, porém, permanecem desconhecidos.

Operação contra fraudes

Ex-major preso pela PF diz saber quem matou Marielle
(Foto: Divulgação)

Nesta quarta-feira (3), a Polícia Federal deflagrou a Operação “Venire” para investigar um grupo suspeito de inserir falsos dados de vacinação para o coronavírus no sistema do SUS.

Segundo a PF, as inserções de dados falsos ocorreram entre novembro de 2021 e dezembro de 2022 e adulteraram a condição de imunização da Covid-19 no cartão de Bolsonaro. As suspeitas de falsificação também recaem sobre a filha mais nova dele, Laura, 12 anos, além de Mauro Cid, a esposa e a filha dele.

Autorizada pelo ministro Alexandre de Moraes, a investigação decretou mandado de prisão contra o tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente e dois seguranças, os militares Max Guilherme e Sérgio Cordeiro, além de cumprir 14 mandados de busca e apreensão.

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