A Polícia Civil de São Paulo abriu inquérito para investigar as circunstâncias em torno de um atropelamento fatal ocorrido em 25 de abril no Viaduto Júlio de Mesquita Filho, na Bela Vista, região central de São Paulo. O objetivo é apurar se o motorista de aplicativo que atropelou e matou um homem suspeito de roubar um celular teria feito isso de propósito ou não, ou seja, se houve a intenção de matar.
Segundo o boletim de ocorrência do fato, um rapaz disse que estava no trânsito com as janelas abertas quando uma pessoa surgiu ao lado do veículo, pegou o celular no painel e correu. Em seguida, a vítima estacionou e tentou recuperar o aparelho, mas percebeu que o suspeito estava caído no asfalto e tinha sido atropelado por outro carro.
Este carro, alugado, era dirigido pelo motorista de aplicativo Christopher Gonçalves Rodrigues, de 26 anos. À polícia, Christopher alegou que não conseguiu parar a tempo e atropelou a vítima.
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Em suas redes sociais, o motorista fez vídeos se gabando sobre o atropelamento e disse “menos um fazendo o L”, fazendo referência à frase-símbolo da campanha do presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Em determinado trecho de um dos vídeos, ele também afirmou que não tiraria o carro para que a vítima fosse socorrida.
Por causa da repercussão dos vídeos, a polícia agora vai investigar o caso mais a fundo. O delegado Percival Alcântara, titular do 5º DP, onde o caso é investigado, afirmou:
“Foco é saber se foi homicídio doloso ou culposo. Basicamente, é o primeiro foco para depois analisar possíveis que crimes que orbitem, haja vista que ele tirou fotos e zombou do possível furtador”.
O rapaz atropelado era Matheus Campos Silva, de 21 anos. A irmã dele foi à delegacia e contou que o rapaz morava com a mãe e trabalhava como vendedor ambulante.