As sirenes soaram forte e Israel parou na noite desta segunda-feira e madrugada desta terça-feira (18). Os carros e os autocarros encostaram, as pessoas saíram dos veículos, baixaram a cabeça e aguardaram em memória do holocausto dos judeus.
Esta terça-feira de manhã, os israelitas fizeram dois minutos de silêncio em memória dos seis milhões de vítimas judaicas do Holocausto promovido pelo regime nazista de Adolf Hitler durante a Segunda-Guerra Mundial, entre 1939 e 1945.
O presidente e o primeiro-ministro de Israel participaram numa sessão solene no museu Yad Vashem, para assinalar este Dia da Lembrança do holocausto dos judeus pelos nazistas. Os líderes do Estado colocaram coroas de flores sobre o memorial da Revolta do Gueto de Varsóvia em 1943. As cerimónias oficiais começaram na noite de segunda-feira, quando seis sobreviventes do Holocausto acenderam tochas em memória dos que morreram.
Deixemos estes dias sagrados – desde hoje [esta segunda-feira] à noite até ao Dia da Independência [26 de abril] – acima de qualquer disputa, disse Isaac Herzog, o Presidente de Israel
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Revolta civil
O chefe do Estado de Israel discursou e apelou à união do povo. Desde o início do ano, os israelitas têm-se revoltado contra a reforma judicial que o governo quer implementar e que lhe daria mais poder.
Guerra de novo
Cerca de 10.000 sobreviventes do Holocausto vivem na Ucrânia, pelo menos 500 precisam de assistência urgente mas para alguns é tarde demais. Borys Romanchenko tinha 96 anos e morreu quando um míssil russo atingiu o seu apartamento em Kharkiv, a 18 de março.
No mesmo local dos arredores de Kiev, onde 30 mil judeus foram assassinados pelas tropas nazis em 1941, Volodymyr Zelenskyy colocou, esta sexta-feira, uma vela em homenagem às vítimas. Em plena guerra na Ucrânia, o presidente ucraniano assinalou assim, no memorial Babyn Yar, o dia internacional criado para lembrar as vítimas do Holocausto.