Em entrevista coletiva hoje, 17, a Polícia Civil de Santa Catarina informou que indiciou o autor do ataque na creche Cantinho Bom Pastor, em Blumenau, pelos assassinatos de quatro crianças e pela tentativa de homicídio de outras cinco. O crime ocorreu no último dia 5.
Os homicídios foram quadruplamente qualificados. Os agravantes são: motivo torpe, meio cruel, impossibilidade de defesa das vítimas e por serem menores de idade.
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Na coletiva, os investigadores também afirmaram que mais de 20 pessoas prestaram depoimento no inquérito criminal, incluindo a mãe, o padrasto, amigos e pessoas que tiveram algum tipo de contato com o autor do ataque. A investigação apontou que ele não pertence a nenhuma célula neonazista, e que foram encontrados “indícios de cocaína” e pelo menos outras duas substâncias no sangue dele.
A Polícia também detalhou que o autor do crime teria dito a conhecidos, duas semanas antes do massacre, que “iria fazer algo grande”. O agressor disse à polícia que passou em outras duas escolas antes de ir até o Cantinho Bom Pastor, onde cometeu o massacre.
Ainda segundo Ronnie Esteves, delegado encarregado das investigações:
“A gente esperava encontrá-lo bem menos agressivo [para ouvi-lo novamente após o crime], coisa que não aconteceu. Ele estava frio, contou como fez, disse que não se arrependia e que e que faria de novo”.
Nesta segunda, as atividades na creche Cantinho Bom Pastor foram retomadas. Professores e moradores da cidade uniram-se em esforço conjunto para reformar a área interna e externa do estabelecimento, incluindo a elevação do muro e alterações na fachada. A creche atendia, à época do ataque, mais de 200 crianças.