A Finlândia entrou formalmente na OTAN (Organização do Tratado do Atlântico Norte) nesta terça, 4. A aliança foi criada em 1949, durante a Guerra Fria, sob a liderança dos Estados Unidos e como oposição à antiga União Soviética, e agora passa a ser composta de 31 países que zelam pelos interesses econômicos e militares de seus membros.
Na cerimônia de hoje em Bruxelas, o ministro das Relações Exteriores da Finlândia, Pekka Haavisto, entregou o documento oficial da adesão de seu país ao secretário-geral da ONU, Jens Stoltenberg, e ao secretário de Estado dos EUA, Antony Blinken.
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A entrada da Finlândia na OTAN acaba com décadas de neutralidade do país, que agora pode ser protegido por qualquer outro membro da organização. Trata-se de um dos principais movimentos geopolíticos mundiais que ocorreu em decorrência da guerra na Ucrânia.
A Rússia, cuja justificativa para invadir a Ucrânia foi justamente a aproximação deste país com a OTAN, agora vai ter de dividir oficialmente uma fronteira de 1.300 quilômetros com um país membro da organização.
O governo russo prometeu retaliações em decorrência desse movimento: o porta-voz do Kremlin, Dmitry Peskov, chamou a decisão finlandesa de “ameaça hostil” à segurança russa e afirmou que Moscou “será forçada a tomar medidas para assegurar a segurança da Rússia” em resposta à entrada da Finlândia na Otan.