Na manhã de hoje, 29, moradores do ramal do Brasileirinho, zona leste de Manaus, fecharam a estrada com pneus queimados e interditaram o acesso ao ramal, em protesto. Eles cobraram melhorias no local após a morte, na noite de segunda, de um homem de 51 anos e a filha dele, de 6, que foram eletrocutados por um fio elétrico que caiu de um poste enquanto passavam pela estrada de moto.
Segurando faixas, os moradores cobraram atenção do poder público e justiça pelas mortes. À reportagem da Onda Digital, os moradores se queixaram do abandono há pelo menos nos últimos quinze anos. Eles reclamaram de buracos e valas na estrada, e falta de iluminação.
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Outra reivindicação dos manifestantes é a conclusão da reforma da escola do ramal, que se encontra desativada.
A manifestação foi pacífica. Viaturas da Polícia Militar foram enviadas para o local do protesto.
Durante o programa Fiscaliza Geral da manhã de hoje, o secretário da Seminf (Secretaria Municipal de Infraestrutura) Renato Junior entrou em contato com a Onda Digital por telefone, e afirmou:
“Os moradores do ramal do Brasileirinho se queixam de esquecimento, e eu concordo. A tragédia que aconteceu aí no dia 27 não se deve à Seminf, mas à concessionária de energia. Quanto à questão de infraestrutura e iluminação, o prefeito David Almeida determinou que entrássemos no ramal com 40 toneladas de asfalto para recuperar a malha asfáltica, e mais 100 estão a caminho. Os benefícios vão chegar, mas estamos em período de chuva. Quanto à escola, ela realmente está há anos esquecida. Entendo a revolta, mas eles estão no km 7. Se forem ao km 8, vão ver o asfalto novo no chão, as máquinas trabalhando. Estou há 5 dias conversando com a liderança do bairro, nada é da noite para o dia, mas nós já estamos com ações. Agora, se fecharem a estrada, isso vai dificultar o trabalho da Prefeitura. Não posso mandar asfalto para um ramal que esteja obstruído, e correr o risco do asfalto endurecer”.