O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ministro do Trabalho, Luiz Marinho, se reuniram hoje, dia 18, com representantes de centrais sindicais no Palácio do Planalto. Nessa reunião, Lula anunciou a criação de um grupo de trabalho para elaborar uma política permanente de valorização do piso. O grupo tem prazo de 45 dias, prorrogável por mais 45 dias, para apresentar uma proposta.
Esse grupo irá trabalhar numa Política de Valorização do Salário Mínimo, que trará uma fórmula de cálculo permanente para o piso nacional. Ele já foi criado a partir de um despacho assinado nesta quarta-feira pelo presidente.
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O presidente indicou que a valorização do piso salarial deve ser relacionada ao crescimento do PIB (Produto Interno Bruto, a soma de riquezas produzidas no país):
“Já provamos que é possível aumentar o salário mínimo acima da inflação. E o mínimo é a melhor forma de fazermos distribuição de renda nesse país. Não adianta o PIB crescer se ele não for distribuído. O PIB já cresceu 14% ao ano nesse país e o trabalhador ficou mais pobre. Porque se o PIB cresce e fica só com o dono da empresa, quem fez o PIB crescer não ganha nada, que é o trabalhador brasileiro”.
Na mesma reunião, Marinho salientou que a nova política para o salário mínimo será feita pelo conjunto de governo, e respeitando a previsibilidade da economia. Ele também disse que o salário mínimo, recentemente aumentado para cerca de R$ 1.302,00, não será reajustado antes de maio deste ano.
Marinho declarou:
“Hoje é R$ 1.302 e em maio pode ser que haja alteração a partir desse trabalho que vamos construir”.