O advogado, ex-deputado estadual e ex-vereador de Manaus Chico Preto esteve hoje, 18, no estúdio da Onda Digital. No programa Fiscaliza Geral, ele falou sobre vários temas: debate político, o sistema penal no Brasil e no Amazonas, e a BR-319.
A respeito da BR-319, ele afirmou:
“Hoje, sim, ficou mais difícil para a BR-319 ser construída. Com o governo que está aí… Não vou perder as esperanças, eu não votei no Lula, mas não vou fazer o jogo do ‘quanto pior, melhor’. O Brasil segue meu compromisso maior. Mas já estamos vendo nas primeiras decisões, nas primeiras palavras do governo. Cada discurso, é uma queda na bolsa que estamos vendo, são investidores querendo tirar investimento do Brasil e aí perde-se empregos. Voltando à questão da BR-319, da extração de ouro, esses são assuntos da alçada do deputado federal, estadual e da Assembleia legislativa. Porque eles podem produzir debates que resultem em documentos públicos que possam ser enviados às autoridades federais”.
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Chico Preto fez considerações sobre o sistema penal brasileiro, incluindo o auxílio reclusão regulamentado desde a década de 1930. Ele se mostrou contrário à pena de morte:
“Ainda sou contra a pena de morte. Mas sou a favor da prisão perpétua no Brasil, o que não existe no país no momento, por entender que existem seres humanos sem condições de conviver em sociedade. E sou favorável à discussão de fechar brechas onde puder, como a saidinha, a qual o Congresso acertadamente apertou nos últimos anos. Prisão perpétua, acho que cabe no Brasil. Sou um cristão e acho que o dom da vida e da morte não pertence ao ser humano. Mas também reconheço que todos nós somos capazes de matar, pra defender a quem amamos. Cabe ao congresso a discussão desses assuntos, mas os parlamentares se preocupam mais com lacração, com Instagram”.
Ele também comentou sobre a recente fala do vice-presidente Geraldo Alckmin, que afirmou a intenção do Governo Federal de acabar com o Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI), medida que afetaria a Zona Franca de Manaus:
“Recebi nas minhas redes sociais uma pergunta engraçada: ‘no Brasil, hoje, pau que dá em Chico bate em Francisco?’. Aparentemente, não. Lembremos que em 2022 o ex-ministro Paulo Guedes, junto com Jair Bolsonaro, mexeram nas alíquotas do IPI e ameaçaram a ZFM. Eu, que fui eleitor do Bolsonaro e fiz campanha para ele, me posicionei dizendo: ‘Peraí! Isso aqui faz mal pro Amazonas’ e me posicionei publicamente contra. Mudou, agora é o governo Lula com o Alckmin falando que vai acabar com o IPI, nem é mexer na alíquota. As consequências para a ZFM serão terríveis. As empresas vão fazer conta para ver se vale a pena continuar produzindo aqui. Nossa bancada tem que se posicionar contra, nossa federação das indústrias tem que ficar atenta. A ZFM tem garantia constitucional, temos que brigar por isso”.
A entrevista completa com o político e advogado Chico Preto pode ser assistida aqui.